domingo, 30 de agosto de 2009

Pecking Duck





O Pato de Peking é um dos pratos mais tradicionais e sofisticados da culinária chinesa. A preparação, que leva horas, segue várias etapas. Primeiro, bombeia-se ar no interior do pato para lacear e soltar sua pele. Depois, joga-se água fervente diversas vezes sobre a ave. Após a secagem, o pato é passado sobre uma camada de maltose e levado ao forno.

O resultado é o pato laqueado, ou seja, a pele fica crocante e adocicada, enquanto a carne fica extremamente macia e úmida.

O modo de servir e comer o Pato de Peking também é uma tradição (como mostra o vídeo). Nos restaurantes mais tradicionais, o chef traz o pato à vista dos clientes. Após a aprovação, ele fatia o pato na frente de todos (as pessoas mais sensíveis podem não gostar da cena, pois o pato vem inteirinho, com a cabeça e tudo..). As finas fatias são então trazidas à mesa em um prato. O chef leva embora o restante do pato, que, por sinal, ainda fica com bastante carne...enfim, dizem que é possível solicitar o restante do pato para viagem, mas isso eu só fiquei sabendo depois..

Além das fatias do pato laqueado, são colocados à mesa uma porção de finas panquecas abertas e empilhadas, cebolinha e pepino em tiras e um molho adocicado. Cada pessoa prepara o seu: pega-se uma panqueca aberta, espalha-se um pouco do molho doce, coloca-se as tiras de cebolinha e pepino e algumas fatias da carne de pato. Finalmente, enrola-se a panqueca para comer.

O resultado é uma mistura de sabores, sobressaindo-se principalmente o do molho adocicado e a textura crocante da pele do pato com a maciez da carne. O Pato de Peking pode ser servido como entrada (no caso de haver várias pessoas) ou como prato principal, se houver entre 1 e 3 pessoas.

Na maioria dos restaurantes, inclusive em Sao Paulo, é necessário reservar este prato com pelo menos um dia de antecedência. Entretanto, existe um restaurante em Nova York especializado no Pato de Peking e, por isso, não é necessária a reserva. O restaurante serve também outros pratos da culinária chinesa.

Local: Peking Duck House - 28 Mott St (Chinatown - NYC) ou 236 East 53nd St (Midtown - NYC)

Preço: US$ 40,00

Website: http://www.pekingduckhousenyc.com/index.html

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Restaurant Week! Tá chegando a hora!!


Entre os dias 31 deste mês até o dia 13 de setembro acontece o segundo Restaurant Week deste ano em São Paulo. A lista de restaurantes participantes e o cardápio de cada um já se encontram no site oficial: http://www.restaurantweek.com.br/

Para quem nunca ouviu falar, o objetivo do evento, que acontece em vários países, é que os restaurantes participantes criem menus completos (entrada, prato principal e sobremesa) a preços "populares" e fixos para todos.

Já dei uma olhada na lista e parece que mais restaurantes vão participar desta edição. Só espero que não aconteça como das vezes passadas em que os pratos da promoção acabavam rapidamente e os clientes eram obrigados a consumir outros pratos (bem mais caros) ou simplesmente levantar e ir embora..

O nível dos restaurantes também melhorou bastante. Vão participar, dentre outros, os três conceituados restaurantes do hotel Hyatt: o francês EAU, o japonês Kinu e o italiano Grand Caffe.
Além disso, o Le Buteque, meu último post, também entrará no evento (com pratos mais simples).

Outro ótimo restaurante que vale a pena conferir é o ÇA-VA, um bistro francês na região da Paulista.

Mas uma das prioridades na minha lista é conhecer o Porto Rubayat, especializado em frutos do mar. Tanto o cardápio do almoço quanto do jantar incluem o buffet completo de saladas, pratos quentes e sobremesas!! Será que é isso mesmo??

Hum, com 202 restaurantes participantes, vai ser difícil escolher...ÇA-VA, Antiquarius, Arabia, Porto Rubayat...

Preços:
Almoço: R$ 27,50
Jantar: R$ 39,00

sábado, 15 de agosto de 2009

Le Buteque




Alguns anos atrás conheci um dos restaurantes franceses mais premiados de São Paulo: La Brasserie Erick Jackin, em Higienópolis. Mas é daqueles restaurantes que, pelo preço, você só consegue visitar uma vez, em alguma ocasião muito especial..

Alguns meses atrás, vi em alguma revista que o chef Erick Jackin resolveu abrir um restaurante mais acessível ao público. Entusiasmada, fui visitar o Le Buteque neste fim de semana.

A estreita entrada do restaurante passa despercebida entre as inúmeras lojas da rua Haddock Lobo. A primeira coisa que se vê é o balcão recheado de doces e umas poucas mesas. Mas, se você quiser um pouco mais de espaço e tranquilidade, peça para ir ao segundo andar, mesmo que a atendente disser que o salão ainda está vazio.

O couvert é bem simples: pão (fresquíssimo), azeite, sal e manteiga. A mesa é forrada com um papel e a atendente literalmente carimba o "plat du jour" e o "vin du jour" no papel.

O menu é enxuto mas oferece opções para todos os gostos: peixe, carne bovina, frango, massas e até omelete. Optamos por um file mignon a poivre (à esquerda da foto) e um entrecote, ambos com batata gratinada. Uma dica: para quem não gosta de carne muito crua, peça o file mignon aberto (foi a própria atendente que sugeriu).

Ambos os pratos estavam deliciosos e com sabores bem marcados. O file mignon estava extremamente macio com um molho de creme de leite delicado. As batatas, que são mais difíceis de captarem algum sabor, vieram muito bem temperadas.

As sobremesas são um capítulo à parte...a atendente traz uma seleção (esquerda da foto) diretamente do balcão de doces do térreo e nos explica um por um. Difícil escolher! Optamos pelo mil folhas (foto à direita), que eu já havia lido a respeito.

Vale ressaltar que tanto o pão do couvert quanto os doces são fabricados diretamente na Brasserie, em Higienopolis, e trazidos diariamente ao La Buteque. A diferença do mil folhas da Brasserie pro La Buteque é que, na primeira, a sobremesa é montada na hora de se servir. Já no Le Buteque, apesar de ser produzido diariamente, o mil folhas é montado no começo do dia. Mesmo assim, foi o melhor mil folhas que já provei! A massa é bem fina e sequinha, nada lembrando as versões similares de outras docerias, que, de tanto tempo expostas, acabam encharcados devido ao creme que acaba sendo absorvido pela massa folhada.

Enfim, não diria que é um restaurante barato. Mas, pela qualidade e menu concebidos por Erick Jacquin, é um bom custo benefício.

Local: Le Buteque - R Haddock Lobo, 1416 (entre Lorena e Oscar Freire)

Preços:
File mignon au poivre: R$ 42,00
Entrecote: R$ 39,00
Mil folhas: 9,00

Para quem trabalha na região, há opção de menu executivo por R$ 33,00.

sábado, 1 de agosto de 2009

Guioza caseiro


Este post não vai se referir a nenhum restaurante específico, pois o prato foi preparado em casa! Todos já conhecem o famoso Guioza, encontrado em restaurantes chineses e japoneses.

Em casa é assim: até a massa é preparada artesanalmente. Mas preparar a massa é a parte mais fácil do processo. O difícil mesmo é aprender a fechar o guioza (até hoje não consegui) com o formato correto.

E a grande vantagem de se preparar em casa são as opções de recheio, que dificilmente são encontradas em outros restaurantes...a minha preferência é o recheio de peixe, temperado com cebolinha e outros condimentos. O guioza fica bem leve. Melhor ainda com molho à base de shoyu, vinagre e lascas de gengibre.

Nos restaurantes, o mais comum é o recheio de carne de porco ou de boi e é servido frito. Mas o guioza cozido também é uma outra forma de se servir. Além disso, o sabor do recheio torna-se mais perceptível.